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Verifica-se que todos os países a nível mundial estão a assistir a um crescimento do número e proporção de pessoas idosas na sua população. Esta é uma das transformações sociais mais significativas do século, com implicações transversais em vários sectores da sociedade, nomeadamente na protecção social, estruturas familiares e laços intergeracionais. Estima-se um aumento significativo do número de idosos ao longo dos próximos anos, e Portugal não é excepção, enfrentando o mesmo fenómeno. O aumento da longevidade coloca novos desafios em diversos domínios como saúde e prestação de cuidados. Também o índice de dependência apresenta perspetivas de aumento nos próximos anos.

O Terapeuta Ocupacional capacita cada pessoa para a ocupação de forma a promover a saúde, bem-estar e qualidade de vida. Define-se por ocupação tudo aquilo que a pessoa faz com intuito de cuidar de si e dos outros, desfrutar da vida e contribuir para o desenvolvimento pessoal e da comunidade. Como exemplos temos os autocuidados como alimentar-se ou vestir-se, as actividades de higiene pessoal, actividades de lazer, produtividade laboral, entre outras.

Depois de compreender as exigências de cada actividade e do ambiente, seguindo vários modelos que sustentam a sua prática, o terapeuta intervém de forma centrada no idoso que se encontre em risco de não conseguir desempenhar e envolver-se nas diferentes actividades que pretende e necessita no dia-a-dia. A intervenção baseia-se no desenvolvimento de competências, restauro de funções, prevenção de disfunções e/ou compensação de funções perdidas nos domínios físico, psicológico, social e ambiental. É necessário avaliar minuciosamente o ambiente e contexto para proceder às adaptações e eliminar as barreiras necessárias para que o idoso consiga desempenhar as actividades e aumentar o número de ocupações em que se envolve.

Assim, através da história de vida da pessoa e objectivos, o terapeuta compreende a identidade ocupacional da pessoa. Esta envolve tudo o que nos define enquanto pessoas e, respeitando-a, o terapeuta intervém de forma a colmatar a privação ocupacional, promovendo a saúde e qualidade de vida através do envolvimento do idoso em actividades significativas. As pessoas para serem felizes independentemente da idade ou do diagnóstico, têm de ser compreendidas, aceites e valorizadas. Devem continuar a ter um sentimento de pertença, autoestima e de se sentirem amadas. Assim, o terapeuta ocupacional foca-se em potenciar o bem-estar e qualidade de vida do idoso através do seu envolvimento e participação nas actividades do seu dia-a-dia que considera significativas e a acompanhar o idoso num envelhecimento produtivo.

 

Catarina Serôdio - Terapeuta Ocupacional da DomusVi Clínica da Lomba

Catarina Serôdio – Terapeuta Ocupacional da DomusVi Clínica da Lomba