O que é?
É uma doença degenerativa e progressiva que afecta o cérebro e consequentemente o movimento, pela diminuição dos níveis cerebrais de dopamina. A dopamina é um mensageiro químico cerebral que actua nos centros que comandam os movimentos, produzido por células cerebrais. Logo, a doença acontece quando morrem cerca de 70-80% das células que produzem este mensageiro. Vai perturbar o sistema motor e, por esse motivo, acontece tremor em repouso e aumento da rigidez muscular, entre outros.
Como é causada a doença?
Não está completamente definido o porquê de a doença aparecer em algumas pessoas e noutras não.
Porém, há factores já conhecidos, implicados no aparecimento da doença:
– História familiar (se houver familiares com a doença, a probabilidade de alguém da família a ter aumenta; existem já vários genes anormais identificados e relacionados com a doença);
– Envelhecimento;
– Exposição a toxinas/pesticidas.
Quais são os sintomas?
Como a dopamina controla a actividade muscular, os sintomas relacionam-se essencialmente com os movimentos.
São exemplos de sintomas clássicos:
– Tremor em repouso, que costuma ser o primeiro sinal da doença;
– Rigidez muscular;
– Movimentos mais lentos;
– Alterações no equilíbrio (instabilidade postural), com alterações na marcha;
Porém, há outro tipo de manifestações relacionadas com alterações do sono, pensamento e memória, fala e estado de espírito do doente (que pode culminar num estado depressivo ou de ansiedade). Podem também ocorrer alterações visuais, maior dificuldade na mastigação/deglutição e incontinência urinária.
Tratamento
Não existe cura para a doença, mas os sintomas podem ser controlados através de medicação existente no mercado, que estimula/aumenta a libertação de dopamina pelas células produtoras que restam. Quando já não existem células produtoras de dopamina, pode usar-se outro tipo de medicamentos cujo princípio ativo é transformado em dopamina no cérebro.
Existem também outras actividades que podem ser realizadas, que são extremamente benéficas tanto para pessoas com Parkinson como também actuam de forma a prevenir o aparecimento da doença:
– Dieta equilibrada e apropriada à pessoa, com diversas texturas;
– Exercício físico, especialmente o que implica alguma actividade cardiovascular (a que põe o coração a bater mais depressa!), que melhora o controlo corporal;
– Exercitação mental, com jogos de lógica, desenho, pintura ou puzzles;
– Exercícios vocais, através de canções, participação em tutoriais musicais ou apresentações dramáticas e desafios de oralidade.
“Juntos. Temos tudo o que precisa para viver melhor com Parkinson
Together. We have everything you need to live better with Parkinson
Juliana Morais – Médica da DomusVi Clínica da Lomba
(OM 61061)