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A mobilidade reduzida é considerada o maior factor para o desencadeamento de processos de queda na pessoa idosa. Com a longevidade, o organismo perde gradualmente a sua elasticidade, a sua força muscular, a sua amplitude de movimentos, a sua coordenação motora. Os motivos elencados, associados à polimedicação e à comorbilidade patológica, agravam vertiginosamente o risco de queda, e consequente a sequelas possíveis.

Mobilidade reduzida e risco de queda na terceira idade

 

Queda – definição

Uma queda ocorre quando uma pessoa cai no solo ou em algum nível inferior a este. Geralmente uma parte do corpo embate em superfícies ou objectos.

As quedas, geralmente, surgem por fatores internos, de forma súbita, associados a alguma alteração de saúde, tal como desmaio, convulsão, acidente vascular cerebral entre outras causas.

As quedas ocorrem tanto em Estruturas Residenciais Para Idosos, como na comunidade. Por receio de enfrentar o processo de envelhecimento e reconhecer as limitações que se vão instalando, a pessoa idosa prefere esconder o facto do que partilhar com a família e profissionais de saúde, demonstrando também receio pelas consequências que podem advir pela evolução da debilidade física.

Podemos considerar três tipos de factores que interferem no processo “Queda”, sendo eles:

– Factores Intrínsecos: prendem-se com as patologias diagnosticadas e que podem ter intervenção directa no processo de queda, força muscular, equilíbrio, tolerância ao esforço, estado global do organismo.

– Factores Extrínsecos: prendem-se com barreiras arquitectónicas, irregularidades de piso, escadas e degraus, piso escorregadio, entre outros, que podem motivar um processo de queda.

– Factores Situacionais: prendem-se com o tipo de actividade que se está a realizar e que cruza com Factores Intrínsecos e Factores Extrínsecos, sendo que uma actividade de maior risco associada à debilidade orgânica ou alteração do ambiente circundante, aumenta o risco, podendo levar a processo de queda.

 

As quedas, na sua globalidade, têm repercussões negativas, do foro físico e psicológico. As quedas, grande número de vezes, originam traumas com sequelas, fraturas ósseas ou contusão com afeção de tecidos, nomeadamente tecido cerebral | vascular cerebral que pode ter um enorme impacto na qualidade de vida, mobilidade e satisfação de actividades de vida diária. Ao mesmo tempo, a queda, pode incutir, de forma psicológica, um receio incapacitante “medo de cair”, que faz com que a pessoa se retraia na deambulação, fazendo-o apenas acompanhado por terceira pessoa.

Uma queda sem assistência, pode gerar, em pessoas frágeis e que não consigam reverter a queda e levantar-se, situações de desidratação, destruição muscular, diminuição da temperatura corporal, perda de sinais vitais, entre outros.

Após uma queda, não havendo recorrência, deve realizar-se uma inspecção corporal, vigilância do estado de consciência, e presença de vómitos ou náuseas. A inspecção visual prende-se com a avaliação funcional anatómica, e o segundo e terceiro factor com o estado de consciência e alerta por possível lesão neurológica. Náuseas, vómitos e confusão são critério para ligar 112. Encurtamento de membros, postura não anatómica dos membros, perfurações e perdas de sangue são critério para ligar 112. Ajuda e assistência atempada salvam vidas!

 

Prevenção de Quedas

Nas pessoas que tiveram uma queda ou têm quedas recorrentes é importante prevenir.

A prevenção passa por programas de Reabilitação motora, mais ou menos intensiva, fazendo manutenção das capacidades existentes. Ao mesmo tempo, as ajudas técnicas são dispositivos que suportam | ajudam na estabilização do equilíbrio e compensação de falta de força muscular, tratamentos farmacológicos são necessários para ajustar factores intrínsecos para estabilização do equilíbrio e marcha quando há doença instalada.

O controlo ambiental e arquitetónico também se torna necessário para reduzir os riscos de queda, sendo que muitas vezes, no domicílio o responsável pela queda são materiais que constituem o risco dentro do domicílio.

Prevenir Já!

 

Diogo Marques - Enf.º Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Diogo Marques – Enf.º Especialista em Enfermagem de Reabilitação
Coordenador Técnico UCC DomusVi Villa Carolina
Gestor de Cuidados DomusVi Villa Carolina